Suplementos alimentares na infância
- Margarida Lindo
- 7 de abr.
- 2 min de leitura
São vários os suplementos alimentares que são utilizados desde tenra idade, nomeadamente suplementos com vitaminas, minerais, ácidos gordos (ómega-3), probióticos, melatonina e até extratos de plantas.
O consumo de suplementos alimentares, tanto na idade adulta como na infância não é isento de riscos. A informação sobre alguns ingredientes, e as suas dosagens limite é escassa, e, a sua utilização indevida, sem uma orientação de um profissional de saúde, e sem um controlo dos ingredientes utilizados na sua composição e a orientação da dose recomendada por toma diária, pode fazer com que o suplemento alimentar deixe de ser benéfico e, em casos extremos, passar a ter um efeito nefasto para a saúde.

A Comissão Europeia juntamente com a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar), avaliam as evidências sobre a segurança e biodisponibilidade de ingredientes aptos para utilização em suplementos alimentares, inclusive na infância, e, bem recentemente, foram alterados os níveis máximos de ingestão toleráveis existentes, para algumas vitaminas (Vitamina A, Vitamina E, Vitamina B6, Ácido fólico e vitamina D e minerais (Ferro, Selénio e Manganês), por faixas etárias. Foram também atualizados os valores máximos admissíveis, por faixas etárias, para ingestão de ácidos gordos essenciais (EPA e DHA), ácido alfa lipóico (ALA) e macronutrientes (proteínas, lípidos, e hidratos de carbono).
Alguns estados-membros da União Europeia, como por exemplo a França, a Itália e a Alemanha, nas suas leis internas, disponibilizam listas de ingredientes que são aptos ou proibidos para utilização em suplementos alimentares, e essas listas podem servir de guias para os restantes países da União Europeia. Estas leis, e a sua interpretação, tornam-se essenciais para a avaliação da composição de suplementos alimentares para crianças, principalmente no que respeita a certos extratos de plantas que são contraindicados em determinadas faixas etárias (por exemplo, aloé vera, chá verde, ruibarbo, valeriana e alcaçuz, não são indicados em crianças com menos de 12 anos de idade), ou extratos de plantas com restrições no que respeita à dose diária segura para ingestão na infância (por exemplo, a quantidade de estragol presente no funcho, em crianças com idade inferior a 12 anos, não deve ultrapassar 0,05 mg/kg de peso corporal).
Se tem dúvidas acerca da composição dos suplementos alimentares para crianças, se são seguros no seu enquadramento na União Europeia, fale conosco.
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